O site paste magazine publicou uma lista com os 50 melhores logos de bandas de todos os tempos (na opinião deles é claro), entre eles ícones clássicos como Rolling Stones e Kiss, e também bandas relativamente novas como Mastodon e Strokes. A lista completa pode ser conferida aqui.
Aumente o volume e prepare o seu pescoço, o Overkill voltou quebrando tudo. Pra quem não conhece, a banda surgiu no início dos anos oitenta nos Estados Unidos, fazendo um thrash metal com visíveis influências da new wave of british heavy metal.
Não seria de todo um espanto encontrar algum leitor desavisado que nunca tenha ouvido falar da banda, embora eles tenham feito um sucesso razoável nos anos oitenta, hoje em dia ao se falar de thrash norte americano a primeira coisa que vem a cabeça é o famigerado Big Four (Metallica, Slayer, Megadeth, Anthrax). Eu colocaria o Overkill no lugar do Anthrax ou Megadeth nesse quarteto facilmente, mas essa é só minha opinião, e como bem diria o filósofo aleatório: "opinião é igual bunda, cada um tem a sua, dá quem quer, alguns conseguem vender".
Enfim, basta saber que o Overkill é daquele tipo de banda que nunca muda sua sonoridade, e que, por alguma magia desconhecida consegue fazer essa fórmula dar certo sempre (ou quase sempre). Com The Electric Age não foi diferente, porradaria thrash do começo ao fim. Aliás, foi diferente sim, fazia tempo que eu não ouvia um disco da banda com riffs de guitarra tão inspirados, isso, somado ao vocal inesgotável e aparentemente imutável de Bobby Ellsworth remetem o ouvinte mais experiente do grupo a clássicos como The Years of Decay (1989) e Horroscope (1991).
Eu não sou um grande conhecedor do estilo, mas arrisco a dizer que esse será o melhor álbum de thrash metal do ano, pelo menos pra mim.
Requisitos necessários para curtir o disco:
Gostar de thrash metal oitentista
...mesmo quando ele tem uma produção polida e limpinha
Não ser hipster
Ser adepto do AC/DC way of art (sempre o mesmo, sempre bom)
* Não recomendado para pessoas com ultra sensibilidade na região cervical.
Se Peter Steele estivesse vivo hoje estaria completando 50 anos, mas infelizmente ele nos deixou em 2010 vítima de uma parada cardiaca. O tecladista da banda, Josh Silver, publicou uma declaração no facebook da banda hoje, segue a tradução:
Eu sempre quis esperar você para desfrutar os frutos do nosso trabalho e o fato de você ter nos deixado abruptamente ainda não parece ser real. Agora que a raiva se desvaneceu a tristeza é esmagasdora. Eu sinto muito que você não esteja aqui e gostaria de poder chamá-lo para esse dia como eu fiz por tantos anos.
Mais uma vez o ano está chegando ao fim, e é comum ver sites especializados em música soltando sua listas de melhores do ano nessa época, sejam álbuns, videoclipes ou shows. Fiz um apanhado de algumas dessas listas e reuni aqui pra vocês:
05. Susan Boyle - The Gift 04. Jason Aldean - My Kinda Party 03. Lady Gaga - Born This Way 02. Taylor Swift - Speak Now 01. Adele - 21 Top 200
Artistas:
05. Lil Wayne 04. Lady Gaga 03. Taylor Swift 02. Justin Bieber 01. Adele Top 200
Álbuns de rock:
05. Florence + The Machine - Lungs 04. Foo Fighters - Wasting Light 03. Coldplay - Mylo Xyloto 02. Kid Rock - Born Free 01. Munford & Sons - Sigh No More Top 200
No início dos anos 90 o Judas Priest já havia conquistado seu lugar no olimpo
dos deuses do rock. Os anos 70 e 80 lhes renderam um legado único, por meio de
seu heavy metal clássico imortalizado na voz de Rob Halford. Tendo isso em
vista, nada mais apropriado para um novo álbum de sucesso do que manter a
antiga formula, certo? Bom, talvez isso sirva para algumas bandas como o AC/DC, mas não
para o Judas.
Quem prestou atenção aos acordes de Ram it Down, já conseguia distinguir uma fúria incandescente nas guitarras de Glenn Tipton e K.K. Downing, diferente de
seu antecessor, o quase pop (para a época) Turbo.
Quebrando a lei, e deixando de lado a máxima futebolística de "em time que
está ganhando, não se mexe", a banda surge com aquele, que na humilde
opinião do resenhista que vos fala, é o melhor álbum do Judas Priest, e também um dos melhores lançamentos do Metal após os anos 90, o visceral Painkiller.
Agora, meu caro leitor, você me pergunta: "Afinal, o que há de tão
diferente em Painkiller?". Obviamente todos vocês já sabem (e se não sabe,
trate de sentir vergonha de si mesmo e ir correndo ouvir essa obra prima), mas
para os mais desavisados, vai uma pequena explicação. Imagine que o heavy metal
do Judas até então era uma barra de aço maciço. Eu não sei por experiência
própria(felizmente), mas imagino que um golpe com uma barra dessas deve doer um
bocado. Muito bem, o que o Judas Priest fez? Lapidou essa barra até ela se tornar uma espada afiada, ok, antes causáva-mos hematomas, agora podemos decepar
cabeças.
É mais ou menos essa a sensação que se tem ao ouvir o álbum da primeira vez,
antes o Priest era a trilha sonora perfeita para pegar a estrada montado em uma Harley Davidson
vestindo roupas de couro com uma loira gostosa na garupa (que poderia ser tanto a
criatura do sexo feminino como a refrescante bebida extraída da cevada). Muito
bem, ainda podemos fazer isso ouvindo Painkiller, com o adendo de também
fazê-lo indo à uma batalha de morte certa sem o menor fio de medo nos olhos.
O TRACKLIST:
Painkiller
Mais rápido que uma bala
A potente metralhadora disparada das baquetas de Scott Travis anuncia
Um grito apavorante
A alavancada gritante faz o chamado para os riffs das guitarras
Enfurecido e cheio de raiva
ele é metade homem, metade máquina
Halford ascende em agudos surpreendentemente afiados e afinados
Cavalgando o Monstro de Metal
Respirando fogo e fumaça
Ian Hill fortalece a base da maquinaria
Eles anunciam a chegada do salvador
Ele é o Painkiller!
Hell Patrol
Como fogo selvagem
Vêm urrando
Um redemoinho infernal
Botando fogo na estrada
Certamente, o verso não mente, é bem provável que esta música possua o riff
mais infernal do Judas Priest, com a cozinha (baixo/ bateria) triturando ossos
impiedosamente.
Motoqueiros noturnos Negociantes da morte Aqueles que trazem a tempestade Rachando o solo
All Guns Blazing
Torcendo, o ato de estrangular Não haverá piedade Sentindo os tendões rompendo Despedaçados e fraquejados
O aviso é feito, se você chegou inteiro até aqui, prepare-se para o que está
por vir.
Leather Rebell
Correndo selvagemente e livre Ninguém ousa se levantar perante mim Esse é meu destino Governar as horas mais negras
Sim, aqui é onde chegamos o mais próximo possível de um "clássico do
Judas". É hora de vestir o casaco de couro e sair ás ruas, mas não se
esqueça de escolher a motocicleta mais potente que encontrar.
Metal Meltdown
Algo está chamando Na noite Loucura elétrica Rugidos à vista
Solo de guitarra alucinado marca a introdução
O calor está aumentando Queimando rápido
dedilhado cada vez mais veloz
Quente e diabólica Sinta a explosão
O ruído ensurdecedor se levanta, a parede de guitarras distorcidas ataca com
fúria, o vocal anuncia a proximidade com o inferno, o calor aumenta, o metal se
funde.
Night Crawler
O santuário está no sul Orações sussurradas, um último recurso Voltando pra casa em seus gritos distorcidos O terror atacou Eles sabem que foram capturados Diretamente do inferno
Aqui vemos o Judas Priest explorando seu caráter mais narrativo, com uma
composição que casa perfeitamente com a atmosfera da música.
Between the Hammer and the Anvil
Alerta de tempestade
Riffs se arrastam
Mas não há o que temer
O lado mais melodioso da banda mostra as caras, com uma canção muito bem
trabalhada.
A Touch of Evil
Durante a noite Venha até mim Você sabe que eu quero o seu Toque do mal Durante a noite Por favor me liberte Eu não posso resistir ao toque do mal
One Shot at Glory
Deixe-me ouvir o grito de guerra Chamando no vento Deixe-me ver as bandeiras estendidas Antes que a tempestade comece
É chegada a hora do último hino de guerra, no melhor estilo fim de show, tal
como as clássicas "Living After Midnight" e "You've Got Another
Thing Comin'", o Priest se despede em grande estilo, até que a próxima
espada seja forjada...
Rob Halford - Vocal Ian Hill - Baixo K.K. Downing - Guitarra Glenn Tipton - Guitarra Scott Travis - Bateria
Como dito na última postagem da série, hoje eu lhes mostrarei 3 capas no mínimo curiosas, são elas:
XTC – GO 2 (1978)
Autor: Storm Thorgerson
Essa
capa representa o punk como nenhuma outra (sim, até mais que Never mind the
bollocks e London Calling). É a prova registrada de que uma idéia vale mais do
que qualquer virtuosismo. A ironia disso tudo é que a banda havia chamado para
produzir a capa de seu novo álbum ninguém menos que Storm Thorgenson. Sim, o
consagrado criador das capas do Pink Floyd (que é o tipo de
música totalmente oposta ao punk). Porém, em meio à reunião para decidir como
seria a capa, eles decidiram fazer algo que fosse totalmente o contrário de uma
capa comercial, e é ai que todo o talento de Thorgenson em artes visuais é
deixado de lado e entra em cena a mais pura ideologia punk. Em um papel em
branco, foi escrito o que eles entendiam por uma capa comercial, e dali para a
capa, com uma formatação intencionalmente tosca. O resultado é essa sacada
genial, que além de funcionar como uma “não-capa”, mostra uma crítica explicita
à industria musical.
Tradução:
"Esta
é uma Capa de Disco. Esse texto é o DESIGN por cima da capa. O DESIGN é para
ajudar na VENDA do disco. Nós esperamos atrair sua atenção para incentivá-lo a
pegá-lo. Quando você pegar o disco, provavelmente será persuadido a escutar as
músicas - no caso, banda XTC do disco Go 2. Então nós queremos que você o
COMPRE. A idéia é que sua compra dará mais dinheiro para a gravadora Virgin, o
empresário Ian Reid e também a banda. É claro que será um grande PRAZER. Um bom
DESIGN de capa é o que mais atrai compradores. Esse texto está tentando atrai-lo
mais do que uma boa foto. E foi feito pra você LER. Isso se chama enganar a
VÍTIMA e você é a VÍTIMA. Mas se você tem a cabeça boa, PARE DE LER AGORA!
Porque tudo que queremos é que você continue lendo. Mas isso é uma INTERPRETAÇÃO
DUPLA, porque se você parar, estará fazendo o que falamos para fazer, e se você
continuar lendo, fará o que queríamos o tempo todo. E quanto mais você lê, mais
está caindo no que todos os bons designs comerciais fazem. São TRUQUES e esse
TRUQUE é pior quando falamos que é um TRUQUE que tenta te ENGANAR e se você ler
mais estará se ENGANANDO mais, mas você não saberia mais nada se não lesse até
aqui. Pelo menos estamos dizendo sinceramente ao invés de simplesmente seduzi-lo
com uma arte bonita que não diz nada pra você. Estamos esclarecendo as coisas
porque esse disco é um PRODUTO e os PRODUTOS devem ser consumidos e você é um
consumidor e esse é um PRODUTO bom. Nós poderíamos ter escrito o nome numa
fonte especial, como se estivesse pra fora aparecendo antes mesmo de você ler,
e provavelmente você iria comprá-lo do mesmo jeito. O que estamos sugerindo é
que você é BURRO se não comprar esse disco por causa da sua capa. Isso tudo é
pra mostrar que provavelmente você gostará desse texto - que é o design do
disco - e daqui pro conteúdo do disco. Mas só estamos falando contra
aquelas. Um bom design de capa pode ser considerado o começo para a
compra do disco, mas isso realmente não acontece mais, porque VOCÊ sabe que
isso é apenas o design de uma capa. E isso é uma CAPA DE DISCO."
Blind Faith - Blind Faith (1969)
Autor: Bob Seidemann
Esse
é um daqueles casos em que a capa acaba por ganhar mais notoriedade do que o
próprio disco. A cena da inocente garotinha nua de 11 anos segurando uma
aeronave de caráter fálico e futurista só não causou maior polêmica devido aos
grandes acontecimentos da época (foi nesse mesmo ano que o homem pisou pela
primeira vez na lua, e a revolução sexual encontrava-se em seu ápice). Ainda
assim, os idealizadores do projeto (Eric Clapton e o vocalista do Traffic,
Steve Winwood) enfrentaram problemas para que a gravadora aceitasse a capa. No
entanto, Clapton ameaçou não gravar o disco se a foto não fosse aceita, e como
o selo estava apostando todas suas fichas no grupo, acabaram por ceder, mas
apenas na Europa. A edição norte americana do disco trazia apenas uma inocente
foto da banda na capa.
The Velvet Underground e Nico - The Velvet Underground e Nico (1967)
Autor:
Andy Warhol
Apontado
por muitos (inclusive pelo próprio Lou Reed) como o disco mais importante da
história do rock, o debut do velvet underground traz uma embalagem não menos
digna. Criação do excêntrico gênio da peruca prateada, a capa do álbum tem um
apelo muito mais icônico do que visual. Usando de sua pop art, Andy Warhol
criou um símbolo simples e de fácil assimilação, que caiu como uma luva para
definir o som da banda. Nada mais que uma banana, mas uma banana com muito
significado. As primeiras cópias do disco traziam em seu encarte uma banana
“descascável”, que revelava em seu interior uma insinuante polpa cor carne.
Havia ali um aviso sobre o teor sexual de algumas músicas, mas mais do que
isso, pode-se dizer que a capa também funciona como uma antecipação do que se
sente ao ouvir o disco. Ao descascar a banana, ninguém imaginava ver uma fruta
rosa lá dentro, assim como ninguém nos anos 60 esperava colocar um LP de rock
na agulha e ouvir o som visceral e desconcertante do Velvet.
Desde os anos 60 que o rock n' roll já não é exatamente um estilo musical puro, muitos músicos a procura de novas sonoridades acabam trazendo para o estilo alguns elementos de gêneros diferentes, foi assim com o Deep Purple e a música clássica, com o King Crimson e o jazz, com o Jethro Tull e o folk, dentre inúmeros outros. No entanto, ainda hoje a união de bandas de rock com artistas de outros estilo causa alguma estranheza em alguns ouvintes, algumas dessas parcerias acabam dando terrivelmente errado, já outras resultam em preciosas obras de arte, hoje eu listarei aqui no Hoochie Koo alguns exemplos de ambos os casos, cabe a você decidir qual pertence a qual.
Sepultura e Zé Ramalho - A Dança das Borboletas
Angra e Milton Nascimento - Late Redemption
Nick Cave e Kylie Minogue - Death Is Not The End
RUN-DMC e Aerosmith - Walk This Way
Anthrax e Public Enemy - Bring the Noise
Alice Cooper e Kesha - What Baby Wants
Rihanna e Slash - Rockstar
The Beastie Boys e Kerry King - No Sleep Till Brooklyn
Negură Bunget é uma névoa negra vindo das profundidades de uma floresta escura e densa. O nome tenta representar de alguma forma a atmosfera, tanto musical quanto espiritual que nós queremos criar através da nossa música. É também de uma natureza esotérica, constante para as partes inefáveis de nossa ideologia. As duas palavras também fazem parte do substrato Trácio do idioma Romeno (o mais antigo, contendo cerca de 90 palavras), uma vez que o interesse na nossa história e espiritualidade local é algo de crucial importância e significado para nós como banda.
Foi o que respondeu Negru, baterista e membro fundador da Negura Bunget, quando perguntando sobre a etimologia do nome da banda. "Uma névoa negra vindo das profundidades de uma floresta escura e densa", de fato, não haveria nome mais adequado para descrever o som presente em OM, quarto álbum de estúdio dos romenos.
Sempre achei o black metal um estilo musical um tanto ridículo, a filosofia deturpada e o apelo visual mal produzido das bandas norueguesas do início dos anos 90 ainda gera risos quando me deparo com algum videoclipe no youtube.
Até que um dia eu ouvi o Filosofem, álbum do Burzum de 1996. Ali estava algo único, a distorção diluída das guitarras em meio a cordas sintetizadas criavam uma atmosfera densa e ao mesmo tempo quase etérea, foi quando eu descobri que o black metal pode ser algo muito interessante quando prioriza o lado atmosférico.
E se você se impressionou com o Filosofem tanto quanto eu, certamente irá se impressionar ainda mais com OM. Ao contrário do Burzum, o Negura Bunget possui uma musicalidade impecável, a maneira como as composições se organizam em camadas sonoras que geram peso e melodia, tudo ao mesmo tempo, torna a audição uma confusão prazerosa. É possível notar isso já na segunda música, depois da introdução atmosférica em meio a urros viscerais,Tesarul de lumini mostra uma guitarra base com timbre caustico característico do estilo, ponteado pelos riffs melódicos da segunda guitarra que inicia em meio a uma bateria pulsante e rápida e se encerra sobre o sintetizador ascendente em notas cada vez mais altas e prolongadas.
Primul Om é praticamente uma oração, a voz termina de recitar a letra e da espaço a um coral de "Oms" em clima de música "dark ambient". A riqueza de detalhes sonoros impressiona e causa total imersão na obra, aconselho ouvir com fones de ouvido e com os olhos fechados.
Cunoaşterea tăcută continua o disco com uma porradaria drone que toma ares progressivos na metade do caminho. Hupogrammos Disciple's tira o gutural de cena e acompanha o riff de guitarra com um canto quase gregoriano. O disco segue com Inarborat, por um momento achei que havia um saxofone solando notas graves, mas aparentemente se trata de uma corneta típica da Romenia, o que junto a percussão tribal dá um ar de folk para a música.
Dedesuptul trás um daqueles momentos em que a saturação é tamanha que fica praticamente impossível saber quantas guitarras foram gravadas na versão de estúdio dá música, mas a composição não se deixa levar pela mesmice habitual do black emtal e logo toma outros rumos com ritmo mais cadenciado.
Novamente uma percussão tribal, dessa vez acompanhada por uma cama de cordas em notas agudas e outra em pulsantes notas graves, não há vocal dessa vez.
De piatră segue em um estilo mais tradicional, lembrando até um pouco o Darkthrone no início, mas logo se desprende e encontra ritmos diferentes. A próxima música, Cel din urmă vis,
segue uma linha mais sinfônica, em alguns momentos lembrando um pouco o Dimmu Borgir, em outros o Dead Can Dance.
Hora soarelui anda pelos caminhos obscuros do folk metal com solos de flauta misturados a um coro de vozes masculinas. Al doilea om fecha o disco em meios a "Ohms" e tambores.
Para quem gosta de black metal atmosférico, ou simplesmente de uma musicalidade mais densa, OM é uma pérola do estilo e definitivamente merece ser ouvido.
Tracklist:
1 Ceasuri rele 3:07 2 Ţesarul de lumini 12:48 3 Primul om 4:22 4 Cunoaşterea tăcută 7:11 5 Înarborat 6:22 6 Dedesuptul 6:39 7 Norilor 3:00 8 De piatră 5:36 9 Cel din urmă vis 10:03 10 Hora soarelui 5:55 11 Al doilea om 2:03
No último artigo eu falei um pouco mais sobre 3 artistas renomados na área de design de capas e mostrei algumas de suas obras mais interessantes. Mas afinou de contas, como esse costume de fazer capas customizadas começou? É sobre isso que eu vou falar hoje.
Até a década de trinta, os vinis
vinham embalados em simples envelopes de papelão, que tinham como única
finalidade a proteção do disco. No entanto, em 1939, um jovem de apenas 23 anos
teve uma idéia revolucionária. Esse jovem se chamava Alex Steinweiss, e sua
idéia mudou a forma de se produzir e consumir música.
Alex achava tais embalagens
inapropriadas para guardar obras musicais muitas vezes tão emocionantes, um
simples pedaço de papelão com algumas letras impressas era algo muito frio, e
não refletia a grandiosidade das composições em seu interior.
Foi assim que surgiu a idéia de
imprimir nas capas imagens que representassem o conteúdo musical do disco, e
foi assim também que Steinweiss se tornou o primeiro diretor de arte de uma
gravadora, a Columbia Records.
Apesar de pouco se ouvir falar de
Alex hoje em dia, sua idéia visionária fez com que as representações gráficas
se tornassem algo indispensável na produção de álbuns musicais, e abriu caminho
para inúmeros outros artistas, o que o torna sem sombra de dúvidas o designer
de maior importância para o cover design.
Além de toda a importância
comercial e artística das capas para a música, algumas delas escondem
curiosidades no mínimo interessantes, seja na hora de sua produção, ou seja
pela arte em si, e é sobre esse aspecto que falarei aqui na próxima postagem, começando por três artes que se destacam por motivos
distintos, sendo eles respectivamente a criatividade, a obscenidade inusitada,
e a representação perfeita da obra. Até a próxima!
O site da Rolling Stone divulgou uma lista com os 100 maiores guitarristas de todos os tempos. A lista é resultado de um consenso feito com a opinião de guitarristas famosos de diversos estilos, entre eles Ritchie Blackmore (Deep Purple), Don Felder (The Eagles), Kirk Hammet (Metallica), Warren Haynes (The Allman Brothers), Robby Krieger (The Doors), Alex Lifeson (Rush), Brian May (Queen), Eddie Van Hale e Dave Mustaine (Megadeth).
Destaco aqui alguns dos escolhidos, a lista completa pode ser vista no site da Rolling Stone cujo link está no final desse post.
Lindsey Buckingham (Fleetwood Mac)
Eu realmente nunca ouvi Fleetwood Mac o suficiente, não por falta de interesse, mas a frase do guitarrista que está na lista me fez colocá-lo aqui em destaque: "A técnica clássica não é aceitável, você faz o que você puder para conseguir o que você quer".
Thurston Moore (Sonic Youth)
Um guitarrista pouco lembrado nesse tipo de lista, que normalmente preza mais guitarristas extremamente técnicos, no entanto, quando se fala em experimentalismos e timbres inovadores, não há como não citar Thurston moore.
Dimebag Darrel (Pantera)
Poucos guitarristas desenvolveram uma técnica tão agressiva como Dimebag. Transitando entre os grooves mais graves e os harmônicos mais agudos, Darrel conseguiu chegar onde nenhum guitarrista de thrash metal havia chegado antes, infelizmente seus amplificadores se desligaram bem antes do que gostaríamos.
Eddie Hazel (Funkadelic)
Sem palavras por aqui, apenas pare por um instante e ouça, se isso não é a definição de "feeling", eu não sei mais o que poderia ser.
Robby Krieger (The Doors)
Quem pensa que o Doors foi apenas a banda de Jim Morrison não poderia estar mais enganado, se apenas um dos músicos ali houvesse deixado a banda antes do primeiro disco, a história poderia ser completamente outra, e Rob krieger é um exemplo disso, enquanto a maioria dos guitarristas da época tinham suas raízes plantadas no blues, Rob vinha de uma formação em jazz e flamenco.
"Não ter um baixista na banda me fez tocar mais notas graves para preencher o fundo, não ter um guitarrista base também me fez tocar de forma diferente. Eu sempre senti como se fosse três músicos ao mesmo tempo."
Robert Johnsom
Seu modo de tocar define o blues originário no delta do Mississipi, tudo que você precisa saber sobre rock n' roll está ali, entre slides e riffs sobre o ritmo tradicional do blues.
Blackmore está muito além do emblemático riff de Smoke On the Water. Precursor dos guitarristas "neo clássicos", ele estipulou um padrão quando o assunto é guitarristas de heavy metal, o que infelizmente resultou em uma infinidade de guitarristas interessados mais em "fritar" as cordas do que realmente criar melodias de qualidade. No entanto muitos guitarristas excelentes citam Blackmore como inspiração também.
Jonny Greenwood (Radiohead)
Talvez a única aproximação de Jonny Greenwood com os guitarristas de blues seja o uso de um arco de violino, que era exatamente a única coisa que Jimmy Page tinha de "non-blues". Sua telecaster surrada passou ao longo do tempo de um timbre entre o grunge e o pop para um experimentalismo eletrônico executado de forma magistral.
Johnny Ramone (Ramones)
1...2...3...4... Lá, ré, mi, lá, ré, mi, lá, ré, mi...again and again and again. Ai você diz "eu poderia ter feito isso". Pois é, ele fez antes de todo mundo.
Tony Iommi (Black Sabbath)
O mago dos riffs com trítono e da afinação baixa. Iommi, com seus dedos de aço (literalmente), praticamente criou um gênero musical.
Angus Young (AC/DC)
"Ele tem o diabo nos dedos e o blues em sua alma", disse Brian Johnson no último show do AC/DC no Brasil. E de fato, o que ouvimos sair daquela famosa SG cor de menta nada mais é do que blues amplificado. Deve-se dizer que o blues nunca foi tão alegre.
David Gilmour (Pink Floyd)
Grande parte do sucesso do Pink Floyd se deve as composições de David Gilmour. Sua técnica e conhecimento musical aliados a uma sensibilidade fora do comum nos revelaram solos inesquecíveis vindos do timbre cristalino de sua stratocaster.
Jimmy Page (Led Zeppelin)
Page dispensa comentários, seus riffs e solos falam por si só, talvez seja o guitarrista que melhor soube utilizar a influência do blues.