Fundada em 2005 em Oregon nos Estados Unidos, o Red Fang é uma das poucas bandas de hoje em dia que consegue transpirar o rock n' roll na sua forma mais primitiva. Com integrantes que mais parecem fãs barbudos de monsters truck, a banda lançou seu segundo álbum esse ano.
O álbum abre com Malverde e com uma porrada de graves na sua cara, seguido pelo riff agudo de guitarra abrindo espaço para o gutural embriagado de Bryan Giles, que é acompanhado por uma levada de bateria forte e rápida. Aliás, a bateria faz toda a diferença nesse álbum, seja marcando o tempo violentamente no tradicional bumbo-prato/ caixa-prato, ou atacando viradas mais complexas.
A segunda faixa é o single Wires, talvez a melhor música do disco e com certeza a que tem o melhor clipe do ano. O vídeo mostra os integrantes da banda recebendo o cheque da gravadora com a quantia fornecida para a realização do clipe, quantia essa que é gasta da maneira mais improvável. Ideia genial, e ao mesmo tempo tão simples que nos faz imaginar: como ninguém pensou nisso antes?
Por falar em clipe, vale citar o igualmente genial Prehistoric Dog do álbum anterior, que traz referências a Senhor dos Anéis e Monty Python em meio a latas de cerveja e um evento de RPG live action.
Hank is Dead continua a porradaria com o coro de Bryan Giles e Aaron Beam, agora com um vocal mais limpo e harmônico. Dirt Wizard trás de volta a rouquidão e coloca ainda mais peso sobre a montanha. Throw up segue nessa linha, com a guitarra martelando um riff sobre uma linha de baixo que justifica o nome do instrumento.
Se você conhece bandas como Kyuss, Sleep, ou até o Electric Wizard dos primeiros discos, vai identificar algum elemento dessas em algum momento desse álbum, no entanto eu diria que é em Into the Eye e The Undertow onde a influência do stoner metal clássico é mais visível, principalmente nessa última.
O álbum fecha com Human Herd, que é algo entre o stoner rock e o grunge, mostrando um lado diferente do vocal.
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